Eu sempre vou te importunar e dizer que virar para o lado e falar "Oi, meu nome é Dani" foi um grande erro, porque você vai ter que me aguentar pra sempre. Mas para mim foi uma das melhores coisas que já aconteceu. E eu sei que para você também. Somos muito melhores juntas.
Às vezes fico chateada por você nunca mandar mensagens, ou me ligar, ou aparecer online (principalmente agora em ano de vestibular né, mas aí eu entendo), só que se eu te ligar, se eu mandar mensagem ou se eu aparecer na porta da sua casa com milhões de coisas para contar, eu sei que você estará lá. Porque você sempre está. Você me conhece melhor que eu mesma, talvez até melhor que minha mãe, e isso é meio assustador. Você sabe dos meus defeitos, dos meus problemas, dos meus "traumas", e me entende, tem paciência comigo, e é por isso que eu te amo tanto. Tem que ser uma pessoa muito abençoada para ter tanta paciência comigo. Eu já falei em todas as milhões de cartas que já te escrevi que uma das coisas que eu mais gosto em você é que você não tem medo, você me diz a verdade sem dó, porque às vezes a verdade dói mesmo, e você também está ali para aliviar a minha dor, simplesmente estando ali, sabe? Na verdade você não tem medo de nada. É uma garota independente, bem resolvida, e você sabe como eu invejo pessoas assim. Porque eu sou dependente demais, sensível demais, chorona demais, e eu sinceramente não sei como você me aguenta. Não estou fazendo drama - como de costume -, é só que eu sou tão diferente de você... Mas eu sei bem que você também tem o seu lado mais... sei lá, o seu lado mais "Ana". Você também é sensível às vezes, e de vez em quando também precisa de alguém. Ninguém gosta de ficar sozinho. Você só não demonstra como eu, porque não é necessário.
Eu te admiro tanto, já disse isso né? Acho que "admirar" alguém é uma coisa muito forte, sabe? Acredito que já te disse isso também. Admirar alguém é gostar do jeito da pessoa ser, do seu estilo de vida, das suas escolhas. E eu admiro tudo isso em você. Não tenho muito o que falar porque acabo me tornando repetitiva, e em tantos rabiscos nesses anos de amizade eu acho que já disse tudo. Mas nunca é demais repetir, e cá estou eu tentando.
Como eu disse, fico chateada quando você não me procura porque sinto que me esqueceu, ou que não faz questão de que eu apareça. Aí eu ligo e aviso "to indo dormir aí na sua casa", e então passamos um ou dois dias muito bons juntas, eu te conto de todos os dramas que passei nesse tempo em que ficamos sem nos falar, você me abre os olhos, tenta fazer eu parar de ser idiota, como sempre. Acho que, toda vez que eu saio da sua casa, eu cresço um pouco. É, toda vez que eu te vejo, eu cresço um pouco. Você me faz crescer, você desperta o meu melhor. E é por essas coisas que eu esqueço minhas neuroses e paro de ficar pensando no porquê você não me liga. Porque o que nós temos é muito maior. Maior que a distância, maior que o tempo. Maior que eu. E isso nada, nem ninguém, pode mudar.
Ana D.
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