quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Happy Thanksgiving

Eu não to nem aí se o feriado é americano, porque eu acho que todos devíamos agradecer todos dias, então não custa ter um dia no ano para nos lembrar de fazer isso.

E pra ser bem sincera, eu sou uma péssima pessoa para vir dar esse tipo de conselho, porque meu ano de 2017 foi bem ruim. Mas eu estou tentando me tornar uma pessoa mais zen e de bem com a vida, e uma coisa que estou tentando praticar é a gratidão.

Vou contar uma coisa bem pessoal para vocês: eu tenho um caderninho onde, todos os dias, eu tento anotar três coisas boas que aconteceram, que me fizeram sorrir, enfim, tudo pelo que eu possa agradecer. Nem sempre anoto três coisas, às vezes só uma, mas o importante é parar para refletir e ver que podemos ser gratos mesmo pelas pequenas coisas (eu diria principalmente por elas na verdade).

E sim, tem dias em que eu sinto que não tem nada para escrever. Às vezes a gente é tomado pela rotina e nada de interessante acontece e parece que não temos nada a agradecer. Nesses dias eu agradeço mentalmente pelo simples fato de estar viva, ou por ter sobrevivido a mais um dia triste/chato/entediante. E lembro também das coisas pelas quais agradeço mentalmente todos os dias, que parecem tão pequenas e triviais, mas que infelizmente não são todas as pessoas do mundo que têm. Eu agradeço por ter uma boa casa para morar, por ter uma boa qualidade de vida, estudar numa ótima universidade, ter saúde, ter uma família incrível, essas coisas que a gente sabe que tem mas não para pra pensar a respeito.

Enfim, se você leu até aqui, eu quero te lançar um desafio. Pare agora, pegue um papel e uma caneta, e escreva três coisas pelas quais você se sente grato pelo dia de hoje ou por esse ano. Se você adotar esse hábito (pode ser mentalmente também), você vai aprender a enxergar a vida de uma maneira diferente.

Para incentivar, eu vou fazer a minha própria listinha. Meu ano não foi bom, não vou mentir, mas isso não significa que não aconteceram algumas coisas boas nas quais penso até hoje.

1) Eu consegui um ótimo estágio: no meu curso isso é muito importante, pois temos 6 estágios durante a graduação, e logo no meu primeiro eu fui trabalhar numa ótima empresa, numa área de atuação que me interessa, e vivenciei um crescimento profissional e pessoal imenso.

2) Conheci pessoas incríveis nessas minhas mudanças de cidade: me mudei duas vezes esse ano, e em ambas fui extremamente bem recebida. No apartamento em que estou agora tem duas meninas queridíssimas com quem me dou muito bem e estou feliz por ter conhecido; e em Joinville morei com uma mulher incrível de quem sinto muita saudade (um beijo especial pra ela, que foi uma mãezona pra mim).

3) Estou voltando a ter o hábito da leitura e li um livro que me mudou: fazia anos (sim, eu disse ANOS) que eu não lia um livro até o final. Nos últimos meses eu consegui retomar esse hábito, começando por um livro que pode ter mudado a minha vida (eu acho esse tipo de constatação um pouco forte, mas me acrescentou muito e grande parte do crescimento pessoal que estou vivenciando agora é graças a ele), é O Poder do Agora. Na minha concepção é uma mistura de autoajuda com espiritismo, e o autor nos ensina a olhar para dentro de nós mesmos e aceitar o que temos e o que somos AGORA, e é um baita de um aprendizado.

Enfim, acho que é isso. Esse post pode não ser tão comum em relação ao que sempre posto, mas eu senti uma necessidade muito grande de escrever e compartilhar esse aprendizado, e eu espero do fundo do meu coração que eu tenha incentivado alguém a fazer algo que nos é tão difícil: agradecer.

E você? Já agradeceu hoje?

sábado, 4 de novembro de 2017

Ilha do Campeche

Oi, gente!

O blog tá tão parado esse ano, né? Agora que percebi que só fiz uma postagem e fiquei bem triste. Nem sei se ainda sei escrever.

Mas eu vou tentar. E se não der certo pelo menos tenho fotos :)

Enfim, hoje foi dia de conhecer mais um pedacinho de Floripa. Meus pais vieram passar o feriado comigo e fomos na Ilha do Campeche.

Campeche é uma praia bem famosa no sul de Florianópolis e, saindo dela, em 5 minutinhos já chega na Ilha do Campeche e dá pra ficar um bom tempo lá. O local é protegido como Patrimônio Arqueológico e Paisagístico Nacional, então a entrada de pessoas na ilha é controlada, e o transporte é um absurdo de caro, mas é o que tem.


Foto aérea da Ilha do Campeche (Autor desconhecido)

Primeiramente, você tem que escolher um dos três pontos de Florianópolis de onde você pode embarcar para a ilha, são as seguintes praias: Campeche, Armação e Barra da Lagoa.

Tanto do Campeche quanto da Armação o preço do trajeto é R$80 (fora de temporada), e a primeira saída é às 9:30. Na Barra da Lagoa eu nem liguei porque é muito mais longe e ouvi dizer que levaria pelo menos 1 hora para chegar.

Na praia da Armação você sai de barco com os pescadores da praia, e pelo que ouvi dizer o trajeto demora cerca de 30 minutos. Quando liguei o pescador disse que tínhamos direito de ficar 4 horas na ilha. Já saindo do Campeche você vai de bote inflável, num trajeto de cinco minutos, e você pode voltar o horário que quiser, até às 16h, quando o último bote sai da ilha. Escolhemos o Campeche por três motivos (no caso eu escolhi, porque sou a guia turística dos meus pais): poder ficar até "fechar", trajeto mais rápido e menos balanço (claro que bote balança, mas nem dá tempo de ficar enjoada), e como hoje o mar estava bom foi tranquilo, mas pode ser que você se molhe bastante na ida porque vai contra as ondas.

Chegando na ilha fomos recepcionados por um dos monitores, que nos falou um pouco sobre o local e nos explicou algumas regrinhas. Tudo questão de bom senso: é um patrimônio nacional, então o mínimo que você tem que fazer é juntar o seu lixo (como em qualquer lugar do mundo) e respeitar a natureza. Ele falou também das trilhas que podíamos fazer.

Eu não planejava fazer trilhas porque não sabia quão extensas elas eram, se precisava de calçado fechado, se era muito caro (porque só pode ir com monitor), mas me informei e acabei indo. Depois de os monitores falarem que pode ir de chinelo e me jurarem de pés juntos que não tem cobra na mata.

A primeira trilha era a Letreiro, que nos levou até um sítio arqueológico num costão rochoso, com inscrições rupestres de povos antigos que habitavam Florianópolis. É uma trilha de dificuldade média e duração de 1 hora (ida e volta). Eu achei bem tranquila, mas tem muitos degraus que tem que tomar cuidado, assim como na hora de andar nas pedras. Foi muito interessante porque, como a trilha é guiada, o monitor explica toda a história, e a paisagem vale cada centavo investido.

Sim, as trilhas também são pagas, e o dinheiro é utilizado para manutenção da ilha. Nessa trilha eu paguei R$10.

Sítio Arqueológico na Trilha Letreiro. À direita, rocha com inscrição rupestre.

Nos paredões de rocha da foto abaixo há várias inscrições rupestres, todas geométricas, como triângulos, linhas como as da foto acima, e alguns círculos. Não é possível dizer que povo passou por aqui e fez essas marcações, pois não é possível datá-las, mas é bem interessante observar e ouvir as explicações do guia.

Costão rochoso na Trilha Letreiro

Voltei para a praia, fiquei um pouco por lá, mas não entrei no mar porque tava muito vento. Eu fiquei bem chateada porque não é sempre que dá para ir pra ilha, e a água do mar é linda e bem verdinha, mas também super gelada, e quando se fala de vento em Florianópolis é vento MESMO.

Na praia há apenas um restaurante, e dizem que nem sempre ele abre, mas hoje estava aberto e comemos uma porção de fritas. Os valores estavam dentro do preço médio das praias de Floripa (que já não é barato), mas não achei tão absurdo. Eu sugiro que leve um lanchinho (e muita água).

Ilha do Campeche

Um detalhe um tanto quanto peculiar da ilha é que você precisa tomar muito cuidado com os seus pertences (e a sua comida!!) pois há uma "gangue" cujos exemplares podem roubar suas coisas e sair correndo para o mato. Trata-se dos QUATIS da Ilha do Campeche!

Quati na Ilha do Campeche

Eles são bonitinhos e até tranquilos, mas podem rasgar sua sacola de comida ou roubar sua batata frita se você der mole.

Enfim, depois do lanche convenci meus pais a fazerem a próxima trilha comigo, a Pedra Preta do Sul, também de dificuldade média e cerca de 1 hora de duração (ida e volta). Para essa trilha também tinha que pagar R$10, mas o moço me reconheceu da primeira e disse que eu não precisava pagar. Eu não sei se ele foi muito legal porque viu que eu tava empolgada, ou se foi porque levei meus pais e eles pagaram, mas de qualquer forma vale a pena fazer todas as trilhas que você conseguir.

Nesta trilha fizemos duas paradas: primeiro num mirante com uma vista linda do mar aberto e também do Letreiro, com uma vista privilegiada do costão rochoso que já mostrei para vocês, e a segunda parada era outro sítio arqueológico, com uma paisagem bem parecida, e mais uma vista de tirar o fôlego.

Costão rochoso na Trilha Pedra Preta do Sul

Ao fundo da foto pode-se observar um morro da parte sul de Florianópolis, e atrás dele encontra-se a praia da Lagoinha do Leste (ao menos foi o que o monitor disse), mais uma praia que está na minha lista desde que me mudei para cá, mas só tem acesso por trilha, então assim que eu adquirir um condicionamento físico decente eu dou um jeito de ir.

Enfim, essa foi a minha experiência na Ilha do Campeche. Uma pena que pegamos um dia nublado, mas o tempo estava tão instável de manhã que tínhamos a esperança de que melhorasse, mas mesmo assim valeu a pena. Um saldo de duas trilhas num dia me soa muito bom.

Considerações Finais: ir para a Ilha do Campeche é muito mais fácil do que parece, basta se informar. E vá fora de temporada, senão você vai falir. Para mais informações acesse o site da ilha, onde tem os telefones das associações que fazem o transporte, ou procure "Ilha do Campeche" no Facebook.

Recomendo o passeio a todos que forem passar uns dias em Florianópolis. Foi um dia delicioso e eu já quero voltar para fazer as outras trilhas e entrar no mar.

Por hoje é só. Tchauzinho e até a próxima!