sexta-feira, 20 de julho de 2012

Dia 2 - Carta para o teu ex-namorado/amor

Não foi amor. Mal chegou a ser um relacionamento. Mas eu, como sou, consigo fazer caber tanta intensidade em apenas dez dias. Dez lindos dias. E por um longo tempo fiquei me perguntando porque acabou. O que eu fiz. Preciso parar de me culpar. Preciso parar de te culpar. Às vezes não sei se "culpa" é a palavra certa. E ai dos que vierem dizer que é o destino e blá blá blá. Não acredito. Você está muito longe de ser o amor da minha vida, e se o destino existe ele não se preocupa com "casinhos" como o nosso. Foi só uma página, ou um capítulo, aquelas metáforas do livro da vida, sabe? Mas mesmo que curto, posso dizer que você dá um capítulo inteiro. Aquela típica história dos amigos que não são tão amigos e começam a se aproximar e a se conhecer melhor e quando percebem querem ser mais do que amigos. Por quê? Meu Deus! Por que eu fui querer ser mais? Ah, se eu te dissesse a falta que tua amizade me faz! Éramos bons amigos. E podíamos ser assim até hoje, até os próximos 2 ou 3 anos, até o dia em que a gente se afastasse se o "destino" assim quisesse. Mas a gente foi inventar de querer ser mais. Éramos ótimos como amigos que trocavam mensagens o dia todo falando besteira e rindo de nada. Éramos. Nós. Passado. Eu não sei dizer se me arrependo. Não costumo me arrepender de nada (ou costumo mentir para mim mesma dizendo que não estou arrependida), mas é inevitável ficar pensando "como poderia ter sido". E como isso perturba! Poderíamos ser amigos, exatamente como era antes, ou até melhores. Poderíamos estar rindo no msn e você me contando da garota que está afim - se a gente chegasse nesse nível -, poderíamos nos aproximar cada dia mais e mais e quem sabe você até conseguisse se abrir comigo. Mas a garota fui eu. A garota da escola com quem você ficou. A garota do grupinho que você vê todo dia, mas não enxerga. Se bem que agora estamos melhor, não é mesmo? Você parou de fechar os olhos para a minha presença. Acho que estamos aprendendo onde é o nosso lugar. Amigos, somos melhor assim. Nada de tentar ser mais.

Ana D.

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