Oi, gente.
Faz 1 semana e 1 dia que estou de volta em Florianópolis, e hoje vim aqui falar um pouquinho sobre o meu último lar: a pequena e aconchegante cidade de São Ludgero.
Tudo começou no início de fevereiro, quando minha mãe me levou pra lá para fazer a minha mudança no sábado e eu começar meu estágio na segunda-feira. Estávamos um pouco receosas pois não sabíamos o que iríamos encontrar. Eu já havia pesquisado sobre a cidade e quando soube que tem 12 mil habitantes fiquei bastante chocada, afinal eu cresci em cidade grande e sabia que seria uma experiência bem diferente.
Atravessamos o portal de São Ludgero e aos poucos começamos a ver uns comércios, predinhos e casas, e tivemos uma surpresa boa, pois a cidade era muito mais do que a gente imaginava. Pode ser ignorância da minha parte, por eu não conhecer muitos lugares do interior, mas eu achei que se tratava de uma cidade mais rural, digamos assim. Não que eu esperasse ver cavalos andando em ruas de barro, é só que eu realmente não sabia o que esperar, e eu achei a cidade muito charmosinha e aconchegante logo que cheguei (às 23 horas, com um barzinho muito bacana - o Dalú - aberto e cheio de gente).
No domingo descobrimos que São Ludgero tinha muito a oferecer, com muitas lojinhas de roupas, várias sorveterias e farmácias. Por ser uma cidade pequena os horários de funcionamento me incomodavam bastante, pois tudo fecha cedo, mas é uma ótima cidade para se viver e muita gente que eu conheci lá não pensa em sair de jeito nenhum.
Portal de São Ludgero |
Enfim, comecei meu estágio na Copobras na segunda-feira e durante a primeira semana eu e a outra estagiária da UFSC - a Helena - participamos da integração de novos colaboradores, e também fizemos um tour bem completo em cada setor e aprendemos um pouco do processo produtivo, que é o máximo.
A Copobras matriz, que é a de São Ludgero, possui 4 fábricas, então foi possível acompanhar o processo produtivo de todos os produtos que o Grupo Copobras fabrica, o que foi muito interessante de ver de pertinho.
Vou explicar rapidinho para não ficar cansativo. Primeiramente, o Grupo Copobras se divide em duas empresas: Incoplast e Copobras.
A Incoplast fabrica embalagens flexíveis, ou seja, os pacotes de plástico de tudo que você come, como macarrão, biscoito, etc, mas o foco aqui em Santa Catarina é o pet food, ou seja, ração. É um processo complexo, cheio de tecnologia envolvida e bem legal de ver. Tem também a linha envelopes, que engloba desde aqueles pacotinhos zip lock pra guardar moedas, até envelopes grandes com diversos níveis de segurança, para carregar grandes quantias de dinheiro naqueles carros-fortes.
A Copobras fabrica copos, pratos, potes para sobremesa, bandejas, entre outros, em plástico e em EPS (o famoso "isopor"), e a fabricação destes produtos é dividida nas outras três fábricas em São Ludgero. Então eu pude acompanhar a produção do que eles chamam de descartáveis, que são basicamente aqueles copinhos de plástico que a gente toma água por aí, mas é claro que tem os mais variados modelos, além de pratos, etc; e os produtos em EPS, como copos, potes e os mais variados tipos de bandejas, como aquelas onde a gente compra frango e também as que a gente usa pra levar marmita.
Planta do Grupo Copobras em São Ludgero (o galpão com o X não pertence à empresa) |
Basicamente é isso. Os processos são muito legais e eu andava bastante pela fábrica, então sempre dava uma espiada nas máquinas e, mesmo depois de um ou dois meses de estágio, eu ainda ficava encantada com tudo.
Agora vamos falar das pessoas. Eu fiz amizades incríveis e me senti muito acolhida em SL. Os colaboradores das fábricas também eram sempre muito queridos e, dessa forma, senti que o meu trabalho também foi muito bem recebido e meu projeto de estágio foi implantado com sucesso.
Meus amigos da empresa com quem eu passava os horários de almoço eram sensacionais. A gente só falava merda e dava muita risada. Era a hora mais gostosa do dia, a gente se divertia muito e voltava mais leve pro segundo round de trabalho. Eu era muito zoada por ser de uma cidade longe, porque algumas gírias ou palavras deles eu não conhecia, então era muito engraçado. Aprendi que uma maneira mais fácil de dizer que estou indo "fazer a compra do mês" é apenas dizer que vou "fazer rancho", e que lá as pessoas não "morrem" de rir, elas "se afinam" de rir, e eu me afinei bastante com esse pessoal. Também comecei a enxergar "pombas" de outro jeito, mas isso eu vou deixar como uma piada interna mesmo.
Obrigada por tudo isso, lindos: Helena, Larissa, Susana e Mauri, e também as outras pessoas que de vez em quando sentavam com a gente e falavam umas besteiras.
Não posso deixar de citar o Lélio, um cara muito massa que me levou pra dar os melhores rolês. Foi com ele que conheci uma lugar muito lindo chamado Três Barras (não procurem no mapa porque vocês vão achar uma cidade no Paraná, e eu me refiro e uma comunidade nos arredores de SL), onde é possível ter uma vista de tirar o fôlego; comi horrores na Fluss Haus, um lugarzinho muuuuito fofo com um café colonial delicioso; andei de quadriciclo e comi bastante areia, e até dirigi um pouco e quase o matei do coração, mas foi sensacional (já to pronta pra dirigir moto, Lélio?); além de experimentar uma deliciosa tapioca e poder contar com ele quando precisei.
Fora da empresa tinha a Kermelin, a menina com quem eu morei num apartamento ótimo e pertinho de tudo, e cuja convivência foi muito boa. Eu vivia falando que na verdade eu dividia o apê com duas pessoas, já que o Wesley, namorado dela, vivia lá me atazanando, mas no fundo eu sei que ele tem um bom coração. Foram meses muito legais com a companhia quase diária dos dois, um casal divertido de conviver e que me acolheu com carinho, que me fez comer muita pizza e que me levou pra dar o rolê massa do último post, no Morro da Cruz. Falando nisso, eles também me apresentaram seus amigos, que estavam presentes nesses rolês e com quem inclusive fomos para a praia, em Laguna, e eu me diverti muito. Foi um prazer conhecer todos e foi muito bom poder participar um pouquinho da vida de vocês.
Enfim, já falei demais, mas como vocês podem perceber, minha experiência em São Ludgero foi maravilhosa. Conheci pessoas incríveis, lugares incríveis, a empresa também era sensacional, e eu posso dizer que fui feliz nessa cidade, que até meses atrás não sabia que existia, e agora vou levar pra sempre no coração.
Obrigada, São Ludgero. Até mais!
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