Oi, gente!
O blog tá tão parado esse ano, né?
Agora que percebi que só fiz uma postagem e fiquei bem triste. Nem sei se ainda
sei escrever.
Mas eu vou tentar. E se não der certo
pelo menos tenho fotos :)
Enfim, hoje foi dia de conhecer mais um
pedacinho de Floripa. Meus pais vieram passar o feriado comigo e fomos na Ilha
do Campeche.
O Campeche é uma praia
bem famosa no sul de Florianópolis e, saindo dela, em 5 minutinhos já chega na
Ilha do Campeche e dá pra ficar um bom tempo lá. O local é protegido como Patrimônio Arqueológico e Paisagístico Nacional, então a entrada de pessoas na ilha é controlada, e o
transporte é um absurdo de caro, mas é o que tem.
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Foto aérea da Ilha do Campeche (Autor desconhecido) |
Primeiramente, você tem que escolher um dos três
pontos de Florianópolis de onde você pode embarcar para a ilha, são as
seguintes praias: Campeche, Armação e Barra da Lagoa.
Tanto do Campeche quanto da Armação o preço do trajeto é R$80 (fora de
temporada), e a primeira saída é às 9:30. Na Barra da Lagoa eu nem liguei
porque é muito mais longe e ouvi dizer que levaria pelo menos 1 hora para
chegar.
Na praia da Armação você sai de barco com os pescadores da praia, e pelo que ouvi
dizer o trajeto demora cerca de 30 minutos. Quando liguei o pescador disse que
tínhamos direito de ficar 4 horas na ilha. Já saindo do Campeche você vai de
bote inflável, num trajeto de cinco minutos, e você pode voltar o horário que
quiser, até às 16h, quando o último bote sai da ilha. Escolhemos o Campeche por
três motivos (no caso eu escolhi, porque sou a guia turística dos meus pais):
poder ficar até "fechar", trajeto mais rápido e menos balanço (claro
que bote balança, mas nem dá tempo de ficar enjoada), e como hoje o mar estava
bom foi tranquilo, mas pode ser que você se molhe bastante na ida porque vai
contra as ondas.
Chegando na ilha fomos recepcionados por um dos monitores, que nos falou um
pouco sobre o local e nos explicou algumas regrinhas. Tudo questão de bom
senso: é um patrimônio nacional, então o mínimo que você tem que fazer é juntar
o seu lixo (como em qualquer lugar do mundo) e respeitar a natureza. Ele falou
também das trilhas que podíamos fazer.
Eu não planejava fazer trilhas porque não sabia quão extensas elas eram, se
precisava de calçado fechado, se era muito caro (porque só pode ir com
monitor), mas me informei e acabei indo. Depois de os monitores falarem que
pode ir de chinelo e me jurarem de pés juntos que não tem cobra na mata.
A primeira trilha era a Letreiro, que nos levou até um sítio
arqueológico num costão rochoso, com inscrições rupestres de povos antigos que
habitavam Florianópolis. É uma trilha de dificuldade média e duração de 1 hora
(ida e volta). Eu achei bem tranquila, mas tem muitos degraus que tem que tomar
cuidado, assim como na hora de andar nas pedras. Foi muito interessante porque,
como a trilha é guiada, o monitor explica toda a história, e a paisagem vale
cada centavo investido.
Sim, as trilhas também são pagas, e o dinheiro é utilizado para manutenção da
ilha. Nessa trilha eu paguei R$10.
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Sítio Arqueológico na Trilha Letreiro. À direita, rocha com inscrição rupestre. |
Nos paredões de rocha da foto abaixo há várias
inscrições rupestres, todas geométricas, como triângulos, linhas como as da
foto acima, e alguns círculos. Não é possível dizer que povo passou por aqui e
fez essas marcações, pois não é possível datá-las, mas é bem interessante
observar e ouvir as explicações do guia.
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Costão rochoso na Trilha Letreiro |
Voltei para a praia, fiquei um pouco por lá, mas
não entrei no mar porque tava muito vento. Eu fiquei bem
chateada porque não é sempre que dá para ir pra ilha, e a água do mar é linda e
bem verdinha, mas também super gelada, e quando se fala de vento em
Florianópolis é vento MESMO.
Na praia há apenas um restaurante, e dizem que nem
sempre ele abre, mas hoje estava aberto e comemos uma porção de fritas. Os
valores estavam dentro do preço médio das praias de Floripa (que já não é
barato), mas não achei tão absurdo. Eu sugiro que leve um lanchinho (e muita
água).
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Ilha do Campeche |
Um detalhe um tanto quanto peculiar da ilha é que você precisa tomar muito cuidado com os seus pertences (e a sua comida!!) pois há uma "gangue" cujos exemplares podem roubar suas coisas e sair correndo para o mato. Trata-se dos QUATIS da Ilha do Campeche!
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Quati na Ilha do Campeche |
Eles são bonitinhos e até tranquilos, mas podem rasgar sua sacola de comida ou roubar sua batata frita se você der mole.
Enfim, depois do lanche convenci meus pais a fazerem a
próxima trilha comigo, a Pedra Preta do Sul, também de
dificuldade média e cerca de 1 hora de duração (ida e volta). Para essa trilha
também tinha que pagar R$10, mas o moço me reconheceu da primeira e disse que
eu não precisava pagar. Eu não sei se ele foi muito legal porque viu que eu
tava empolgada, ou se foi porque levei meus pais e eles pagaram, mas de
qualquer forma vale a pena fazer todas as trilhas que você conseguir.
Nesta trilha fizemos duas paradas: primeiro num
mirante com uma vista linda do mar aberto e também do Letreiro, com uma vista
privilegiada do costão rochoso que já mostrei para vocês, e a segunda parada
era outro sítio arqueológico, com uma paisagem bem parecida, e mais uma vista
de tirar o fôlego.
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Costão rochoso na Trilha Pedra Preta do Sul |
Ao fundo da foto pode-se observar um morro da parte
sul de Florianópolis, e atrás dele encontra-se a praia da Lagoinha do Leste (ao
menos foi o que o monitor disse), mais uma praia que está na minha lista desde
que me mudei para cá, mas só tem acesso por trilha, então assim que eu adquirir
um condicionamento físico decente eu dou um jeito de ir.
Enfim, essa foi a minha experiência na Ilha do
Campeche. Uma pena que pegamos um dia nublado, mas o tempo estava tão instável
de manhã que tínhamos a esperança de que melhorasse, mas mesmo assim valeu a
pena. Um saldo de duas trilhas num dia me soa muito bom.
Considerações Finais: ir para a Ilha do Campeche é
muito mais fácil do que parece, basta se informar. E vá fora de temporada,
senão você vai falir. Para mais informações acesse o site da ilha, onde tem os
telefones das associações que fazem o transporte, ou procure "Ilha do
Campeche" no Facebook.
Recomendo o passeio a todos que forem passar uns dias em
Florianópolis. Foi um dia delicioso e eu já quero voltar para fazer as outras
trilhas e entrar no mar.
Por hoje é só. Tchauzinho e até a próxima!