Quando eu era criança, eu ficava pensando como funcionava
essa coisa de encontrar o amor. “Poxa, com tanta gente no mundo, como eu posso
ter a sorte de gostar de alguém que também gosta de mim? Há de ser uma enorme coincidência.”
Conforme fui crescendo, percebi que não se trata de
coincidência. Na maioria das vezes, a pessoa que você gosta não vai gostar de
você logo de cara, por isso é necessário conquistar. O amor não vem de graça. E
essa coisa de se olhar e se apaixonar instantaneamente só acontece em filme.
Eu descobri que, na verdade, vai ter muita gente no mundo
que vai te querer (querer ≠ amar). Quantos caras você já conheceu na vida? Com
quantos já saiu, beijou, namorou? Por quantos caras você já se apaixonou? E por
quantos você nunca sentiu nada demais? Esses caras nós conhecemos em festas, no
colégio, no trabalho, na rua. E aí há uma atração, primeiramente física, e às vezes
não passa disso. Eu descobri que muita gente no mundo vai gostar de você – ou da
sua aparência – e querer te ter nos braços ao menos uma vez. E, no meio desses
tantos, pode ser que se encontre o amor. Porque ele está nos mesmos lugares.
Pode-se conhecer numa festa ou virando uma esquina. Pode-se dar um beijo e
nunca mais encontrá-lo por anos. Pode ser um grande amigo que você nunca
imaginou ser algo mais. O amor se esconde das maneiras mais estranhas nos lugares
mais óbvios. E é por isso que você só o encontra quando não está procurando.
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