Eu pensei em mil maneiras de como começar este texto, e a melhor frase que me veio em mente, mesmo que eu tentasse me segurar, apareceria no meio do texto em algum momento, então vou falar de uma vez: meu 2017 foi uma bosta!
Isso vai contra tudo o que eu falei no último post, eu sei. O fato é que eu comecei a tentar aprender a agradecer pelas pequenas coisas justamente por isso. Porque eu precisava de pequenas coisas boas para sobreviver em meio ao caos. Mas tudo continuou igualmente caótico por muito tempo, o que mudava de vez em quando era a minha maneira de lidar com isso.
Eu estava me virando em mil para tentar manter por perto todos que eu amo e ficar feliz. E fazer todos felizes. Não deu certo, e ninguém estava feliz. E, no fim das contas, eu acabei perdendo as duas maiores partes de mim. E para conseguir conquistar uma delas de volta eu tive de abrir mão da outra, porque era "a coisa certa a se fazer". E não por isso doeu menos. E não por isso não continua doendo.
Num momento de lucidez em que eu comecei a pensar mais em mim e parar de tentar fazer todos felizes em detrimento da minha própria felicidade, eu travei. A minha vida estava no modo automático há tanto tempo que, quando eu olhei para dentro de mim mesma, percebi onde eu estava tanto fisicamente quanto espiritualmente, eu levei um choque muito grande. Eu não estava mais satisfeita com quem eu era. Eu não tinha mais certeza de quem eu era. A minha vida era aquela situação, na qual eu me via presa há muito tempo, em detrimento de todas as outras esferas da minha vida que fazem de mim quem eu sou.
Foi aí que eu comecei a ler O Poder do Agora. Um livro que foi um "despertar", ao mesmo tempo que foi um tapa na cara, ao mesmo tempo em que, ora me fazia respirar mais tranquila, ora me deixava arrasada. Foi uma experiência que mudou meu jeito de enxergar alguns aspectos da vida. Me trouxe leveza, ao mesmo tempo em que me deu um certo medo de tentar, de fato, viver no agora.
Eu percebi que eu estava tão apegada a resolver um único problema e ficar imaginando soluções mirabolantes para um futuro melhor, que eu não parei para pensar em como eu estou me sentindo agora. E percebi que o meu próximo desafio é uma coisa que, muitas vezes, pode ser aterrorizante: conhecer a mim mesma.
Há quem diga que tudo isso é exagero. De fato eu ouvi isso algumas vezes. Podem dizer que tem pessoas com problemas piores, o que não é mentira. Mas quem somos nós para avaliar o nível de gravidade dos problemas uns dos outros, certo? Eu tenho família, casa, comida, saúde, boas condições de vida e de estudo, mas o sofrimento emocional que eu passei esse ano eu não desejo nem para o meu pior inimigo.
Eu poderia - e talvez até deveria, afinal, é o propósito da retrospectiva - falar dos outros aspectos da minha vida. E principalmente falar sobre algo que deixe esse texto mais leve, porque não tá fácil. É só que esse ano foi, realmente, resumido nessas coisas ruins que aconteceram e tiraram a minha paz. Mas temos então a primeira resolução de ano novo: paz. Conhecer a mim mesma e ficar de bem comigo e com o mundo, e quem sabe aos poucos tudo vai se colocando em seu lugar.
Quanto ao resto, está aí tudo o que vocês precisam saber:
1) A faculdade está ok
2) A Empresa Júnior que eu co-fundei com uns colegas está voando!
3) Fiz meu primeiro estágio esse ano e morei em Joinville
4) Fui nos shows do Jason Mraz e do Ed Sheeran e foram incríveis!
5) Consegui um estágio para o ano que vem e vou morar numa cidade de 12 mil habitantes
Por hoje é só. Ou, no caso, por 2017 é só.
Que venha 2018 e que ele seja imensamente melhor do que 2017. Feliz Natal e Feliz Ano Novo para todos!
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